quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Cinema lotado na segunda noite de exibição do NÓIA

Sala lotada no segundo dia do NÓIA – Festival de Cinema Universitário. O cinema Benjamin Abrahão da Casa Amarela Eusélio Oliveira ficou pequeno para o público que compareceu ao  Festival. Como ocorreu na noite de abertura, as pessoas chegaram, a princípio, de maneira bastante acanhada, mas logo encheram o cinema da Casa para prestigiar a continuação da Mostra Competitiva Nacional de Cinema Universitário.

O coordenador geral do NÓIA, Junior Ratts, assumiu o cerimonial do evento de maneira bem irreverente. Ratts iniciou a apresentação falando sobre a Abertura do Festival e a   homenagem ao cineasta Bertrand Lira, que também estava no evento formando o júri oficial, que além dele têm a jornalista Virna Paz e o cineasta Cavi Borges, também homenageado pela 11ª edição do NÓIA.

Ainda de acordo com o coordenador, além do Festival NÓIA que está sendo realizado na Casa Amarela Eusélio Oliveira, estão sendo realizados seis pequenos “NÓIAS” por toda a cidade. Trata-se do NÓIA Itinerante que consiste em exibir, nas seis regionais da cidade de Fortaleza, os filmes que concorreram na Mostra Competitiva do ano passado.

A noite que teve a exibição de sete curtas-metragens ficou marcada pela irreverência e pelo bom humor de alguns excelentes filmes que circularam pela sala Benjamin Abrahão. E um dos responsáveis pelo total clima de descontração da noite foi à ficção “Não Vá Se Perder” da diretora Vanessa Pinheiro. O seu projeto de conclusão do curso de Áudio Visual pela Universidade de Fortaleza levou a platéia às gargalhadas, e terminou sendo ovacionado pelo público. A comédia “Não Vá Se Perder” é o primeiro curta de Vanessa, “eu fiz o filme sem nenhuma pretensão de correr festivais de cinema, mas ele foi super bem aceito, e eu fiquei muito feliz por isso”, comemora. Ainda, segundo a diretora, “o filme se trata basicamente da minha vida, dos meus sete ex-relacionamentos”.

Outra grande atração da noite foi o curta “Mauro em Caiena”, do já quase veterano no NÓIA, o estudante do curso de Cinema da UFC, Leonardo Mouramateus. O filme conta um pouco da história da família e do bairro do próprio diretor, além de nos remontar ao mundo fantástico do monstro Godzila. Segundo Mouramateus “o 'Mauro em Caiena' é o resultado de uma disciplina da universidade e de um projeto que eu já tinha. O que acabou sendo um desculpa para realizá-lo. O filme é a continuação de outro curta-metragem que já foi exibido no NÓIA, o filme Europa. No entanto, ele aprofunda algumas questões que estavam apenas apontadas no Europa, que são as minhas relações”.

Seguindo a linha memorialista, tivemos outra grande comédia, “Ressaca” da diretora  Mabel Lopes, o filme conta a ressaca de dois jovens universitários vampiros, e faz uma bem humorada sátira da vida em uma república universitária. Os outros curtas-metragens que abrilhantaram a noite foram Quando o Céu Desce ao Chão, o filme conta um pouco da vida da indecisa Sofia, uma jovem atriz que trabalha como auxiliar de cozinha enquanto se muda para um ‘novo’ apartamento com o seu namorado. Um diferencial da história é o pano de fundo Shakespeariano colocado pelo diretor paulista Marcos Yoshi. Todo o drama se passa enquanto Sofia está ensaiando a peça Romeu e Julieta.

Variando o tom de descontração da noite, tivemos os filmes “As Heranças”, do diretor Giovani Barros, e Berenice, dos diretores Leandro Engelke e Vinicius Lopes. Os curtas-metragens de Niterói e de Porto Alegre fogem ao comum. O primeiro fala sobre Pedro, um jovem que aparece com machucados misteriosos pelo corpo, em uma atmosfera quase Kafkiana. Já o segundo é livremente inspirado no conto homônimo Berenice de Edgar Allan Poe. Outro curta exibido foi o documentário “Beiramar”, que conta retrata a vida do mestre de obras e encanador Fernando Barbosa: o rei do açaí. A película de Pernambuco tem a assinatura dos diretores Lucas Simões e Guilherme Cury.

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